Após análises realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz, encomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, foi determinado a interdição cautelar em todo o país de todos os lotes do anticoncepcional injetável Contracep, produzido pelo laboratório farmacêutico EMS Sigma Pharma.

As resoluções foram publicadas nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União e de acordo com a agência, a resolução 3543 prevê a interdição em todo o país da comercialização de todos os lotes do medicamento por 30 dias. 

De acordo com a Anvisa, a análise das amostras indicaram que o teor do princípio ativo, aspecto e volume da medicação se mostraram "insatisfatórios". Laudos laboratoriais acusaram que as amostras analisadas apresentavam-se sob forma "geleificada", o que dificulta a aspiração de todo o conteúdo do anticoncepcional contido na ampola, o que acarreta riscos de inefetividade do contraceptivo.

Até o momento, a Anvisa não recebeu notificação sobre mulheres que engravidaram fazendo uso do Contracep injetável. No entanto, a Anvisa alerta as mulheres que utilizaram o anticoncepcional sobre uma possível gravidez. A recomendação é procurar um médico para fazer o teste de gravidez e usar outros métodos contraceptivos, como a camisinha, enquanto aguarda o resultado.

A empresa divulgou uma nota oficial na última sexta-feira (9), comentando: “Estamos procedendo de acordo com as determinações do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (CVS)". Além disso, foi montado um atendimento específico de SAC para pacientes que utilizaram o contraceptivo no período de julho de 2007 (época na qual os referidos lotes foram distribuídos no mercado) até a presente data. Os telefones disponíveis são 0800-194966 e 0800-7076684.