O Brasil ficou estarrecido com os resultados da investigação realizada pela Polícia Federal sobre adulteração de leite em Minas Gerais na última segunda-feira, 22. A operação denominada Ouro Branco, na qual investigou cooperativas de leite de Minas Gerais, encontrou substâncias como soda cáustica e água oxigenada nas amostras do leite apreendido.   

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já encaminhou a laboratórios oficiais do Ministério da Saúde amostras dos lotes de leite nos quais foram constatadas irregularidades. Com o resultado das análises, será possível fazer uma investigação detalhada sobre as substâncias adicionadas de forma irregular ao leite e determinar as possíveis punições aos responsáveis.

Com base nos laudos encaminhados pela Polícia Federal, a Anvisa já tinha determinado a interdição cautelar de nove lotes das marcas Parmalat, Calu e Centenário, retirando os lotes do mercado e recomendando que os consumidores evitem ingerir o produto. A Anvisa ainda aguarda o resultado do rastreamento da venda dos lotes para saber em quais estados eles foram distribuídos.

De acordo com especialistas, o consumo de leite contaminado pode provocar intoxicação, queimaduras e náusea em casos extremos, mas dificilmente resultaria em morte. Os efeitos podem ser mais severos em quem tiver o organismo menos resistente, como crianças.

O resultado da operação da Polícia Federal foi de 27 mandados de prisão e 29, de busca e apreensão. Dos 27 presos, seis permanecem detidos no município mineiro de Uberaba e seis, em Passos. Em Uberaba, foram liberadas 13 pessoas.

Com informações da Agência Brasil.