Uma das mais freqüentes causas de morte em bebês recém-nascidos, a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) ou “morte de berço” tem relação direta com pais fumantes. A revelação foi feita por pesquisadores da Universidade de Bristol, Inglaterra. De acordo com o estudo que será publicado na revista científica “Early Human Development”, nove em cada dez casos estão relacionados com mães que fumam durante a gravidez.

A morte súbita acontece quando bebês de até um ano morrem sem apresentar qualquer sintoma, geralmente durante o sono, mas é mais comum nas idades entre um mês e quatro meses.

A situação piora depois do nascimento, para cada hora que a criança passa num ambiente de fumo passivo aumenta significativamente o risco de morte pela síndrome. “Por exemplo, um bebê que é exposto ao cigarro oito horas por dia tinha oito vezes mais risco de morrer de SMSI que um bebê que nunca foi exposto”, declarou um dos responsáveis pelo estudo.

Os cientistas descobriram, por exemplo, que a proporção de bebês que morreram da síndrome e eram filhos de mulheres fumantes aumentou de 57% para 86% nos últimos 15 anos na Grã-Bretanha.

"Depois do parto, a mãe pode reduzir o risco protegendo o bebê”, disse Peter Fleming, coordenador do estudo. "É preciso consciência dos pais, mesmo que não consigam deixar de fumar, não fumem perto do bebê”, acrescentou.

Outra constatação sobre o fumo mostra que crianças que são expostas ao cigarro vão pior na escola. O estudo realizado pela equipe de pesquisadores do Centro de Saúde Ambiental da Criança, nos Estados Unidos. O resultado da pesquisa mostra que "Quanto maior o contato, pior é o desempenho na escola".

Foram observados 4,4 mil crianças durante um período de quatro anos. Os pesquisadores observaram, então, suas habilidades cognitivas e acadêmicas.  "Esses declínios podem não ser clinicamente significantes para uma criança, mas eles têm grandes implicações para a nossa sociedade”, declarou a diretora da pesquisa, Kimberly Yolton.