Vírus HPV: risco invisível que contamina homens e mulheres
Estudos comprovam que de 50% a 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos são infectados por um ou mais tipos de HPV
São mais de 120 tipos diferentes de vírus. O HPV, sigla para Human Papilloma Viruses ou papilomavírus humano é considerado a principal doença sexualmente transmissível (DST) causada por vírus.
O principal meio de transmissão é o contato sexual íntimo com pessoas infectadas. Sendo possível também a contaminação do feto pela mãe, durante o parto, e ainda por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, instrumental ginecológico etc.
Estudos comprovam que de 50% a 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos são infectados por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas.
De acordo com a Literatura médica, após o contágio, o vírus pode ficar adormecido, provocar o aparecimento de verrugas (mãos, pés, órgãos genitais) ou ainda induzir o desenvolvimento de câncer.
A complicação mais grave do HPV é o câncer de colo de útero ou, mais raramente, da vulva, pênis ou ânus. Dados estatísticos indicam que menos de 3% das mulheres infectadas pelo HPV desenvolverão câncer do colo do útero. Fatores como número elevado de gestações, uso de anticoncepcionais via oral, tabagismo, infecção pelo HIV e outras DST, como herpes e clamídia, podem aumentar a possibilidade de desenvolvimento do câncer.
Recentemente, um estudo publicado na Inglaterra indicou que o risco de infecção existe antes mesmo de completar 16 anos. A pesquisa investigou a proporção de garotas e mulheres entre 10 e 29 anos – de um total de 1.483 – cujos anticorpos indicavam que elas haviam sido infectadas pelo HPV.
Segundo os cientistas da Agência de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha, o risco de contaminação "aumenta acentuadamente" já à idade de 14 anos. Por isso, eles defendem que a vacinação contra o HPV deve ser realizada já aos 12 anos, antes que meninas iniciem sua vida sexual.
Uso de preservativo é essencial para prevenir infecção
Não existe ainda um medicamento que neutralize o vírus. Em caso de suspeita de DST, é preciso consultar o médico: qualquer DST funciona como facilitador na aquisição e transmissão do vírus da Aids (HIV).