As paralisações de médicos nos Estados do Nordeste tornou-se alvo de avaliações do Departamento Nacional de Auditorias do SUS (Denasus). O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que, por mais justo que seja o movimento, profissionais têm de manter o atendimento de urgência.

O ministro disse estar intrigado com o fato de o movimento ficar restrito a algumas especialidades, como cirurgiões cardíacos e ortopedistas, variando em cada Estado. “Precisamos saber o que está levando os médicos a essa situação”, ponderou. O ministro observa que, em muitos locais, o Estado é o único empregador e, em outros, há uma tendência de médicos deixarem o governo para formar cooperativas.

A principal reclamação dos médicos que aderiram a paralisação é que, em alguns locais, os médicos recebem R$ 2,50 por consulta. Em Alagoas, o governo ofereceu 39,31% de reajuste em cinco parcelas e os médicos decidiram voltar ao trabalho hoje, após 88 dias em greve. Eles pediam 50% de aumento.