Estudo apresentado na quarta Conferência Internacional sobre Patogênese e Tratamento do Vírus de Imunodeficiência Humana, HIV, mostra que a prática da circuncisão masculina como método para reduzir o risco de transmissão da aids pode evitar o contágio de milhões de pessoas. O evento que aconteceu em Sidney, na Austrália, também apresentou novas estratégias de tratamento da doença.

O especialista americano, professor de Epidemiologia da Universidade de Illinois (Chicago, Estados Unidos) Robert Bailey, disse que a circuncisão foi considerada pela primeira vez no âmbito científico como uma técnica preventiva para a aids 24 anos atrás e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a medida em março e assegurou que a circuncisão reduz a transmissão do HIV em 60%.

Apesar de se tratar de uma prática originária do Egito, que data do ano 2.300 a.C., e praticada em 67% dos homens na África, em muitos países do continente, com a maior incidência da aids, há uma forte oposição por motivos culturais e religiosos.