Os preços pagos no Brasil estão acima até dos vigentes em alguns países europeus, como Espanha e França. Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, a tarifa média das 65 distribuidoras de energia no País estão em torno de R$ 327,21 por MW/h, o que corresponde a cerca de US$ 172 ao câmbio de R$ 1,90 por dólar.

Nos Estados Unidos, pelos dados da Energy Information Administration, EIA, agência do governo americano, a tarifa média residencial está em torno de US$ 104 por MW/h. Na França o MW/h estava em torno de US$ 144 no final do ano passado, enquanto na Espanha a tarifa média oscilava em torno de US$ 165.

Mesmo tendo as hidrelétricas como fonte primária de energia, trazendo um custo praticamente zero, em relação ao combustível, que é a água, os países ricos, que são fortemente dependentes de petróleo importado.

A inversão ocorreu nos últimos dez anos, com os fortes reajustes para as tarifas do setor elétrico. Entre dezembro de 1995 e o final do ano passado, a Aneel reajustou as tarifas residenciais em 386,2%, quase o dobro do reajuste da inflação aferida pelo IPCA no mesmo período, que acumulou variação de 210,15%. Outro fator que "encareceu" a tarifa brasileira em relação a outros países foi a apreciação do real ante o dólar norte-americano. Com o real cotado a R$ 1,90, a tarifa brasileira fica mais "cara", quando convertida para dólar.

No entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica também lembra que é preciso o consumidor ficar atento e acabar com os desperdícios. Por exemplo, na posição inverno, o chuveiro elétrico consome 30% a mais do que na posição verão. Outras dicas são evitar banhos demorados e desligar o chuveiro quando estiver se ensaboando.

No caso das geladeiras, as fabricadas hoje em dia consomem a metade da energia dos modelos antigos. Mas é importante não colocar muitos alimentos nas prateleiras e diminuir o número de vezes que ela é aberta. No mais, não coloque alimentos quentes no seu interior e não utilize a parte traseira da geladeira para secar roupa.

A Aneel recomenda ainda que o consumidor não deixe a TV ligada quando não estiver assistindo e evite dormir com a TV ligada. Uma opção é usar aparelhos que possuam timer (função para o desligamento automático), o que possibilita programar seu desligamento.

Quando o consumidor pensa em economia o resultado pode conferido na conta e no bolso ao final de um mês.

Com informações da Agência Estado.