Após um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde, SES, sobre o câncer de mama em Pernambuco, foi dado início a um plano estadual de combate a neoplasias femininas, e de acordo com o estudo, a taxa de mortalidade deste tipo de câncer vem aumentando ano a ano, passando de 7,9 por grupo de 100 mil mulheres em 2003 para 10, 3 em 2006.

“Estamos estruturando nossa rede de atendimento especializado em câncer, composta de 50 unidades. E estamos investindo os recursos extras na construção de em um centro de diagnóstico precoce, para atender a uma média de 30 mulheres por dia”, informa o secretário-executivo de Gestão e Vigilância em Saúde da SES, Cláudio Duarte.

Prevenção – Embora possa acometer mulheres que não apresentam fatores de risco, estudos mostram que alguns indicadores estão muito associados aos casos, como histórico na família, idade acima dos 50, mulheres que menstruaram antes dos 12 anos ou entraram na menopausa após os 55, obesidade, não ter engravidado e utilização de hormônios exógenos (anticoncepcionais ou reposição hormonal).

Como muitas mulheres com tumor não apresentam sintomas, é importante estar familiarizada com a aparência dos seios, sensações, formas e texturas de suas próprias mamas para detectar qualquer alteração. A mulher deve ficar atenta com alterações da coloração, superfície ou textura na pele da mama ou do mamilo; secreção através do mamilo e aparecimento de nódulos novos. Em caso de dor persistente na mama, embora essa não seja uma condição da doença, a mulher deve procurar imediatamente um médico.

O câncer de mama representa um custo anual de R$ oito milhões em internações e procedimentos ambulatoriais para o Governo do Estado. O valor médio por procedimento ambulatorial (radioterapia ou quimioterapia, por exemplo) é de R$ 323,59 e de R$ 687,09 por dia de internamento. Procedimentos como esses foram gastos com 4.941 pernambucanos que, entre 2002 e 2006, tiveram diagnóstico de neoplasia. Desse grupo, 1.970 pessoas faleceram entre 2001 e 2005.