A prática de copiar páginas ou livros técnicos e científicos inteiros em máquinas "xerox" dentro e fora das universidades faz parte da rotina de professores e alunos e chegou a números tão elevados que tem ajudado a derrubar as vendas. Entre 1995 e 2005, o segmento encolheu 35%, para 19,9 milhões de exemplares vendidos. Para tentar reverter esse quadro, dois sistemas, parecidos entre si, estão chegando ao mercado.

Ambos visam a venda do conteúdo de forma fracionada (por capítulos), a um preço competitivo quando comparado ao "xerox", que custa de R$ 0,10 a R$ 0,15 por página. Pensando em minimizar estes efeitos, o Conselho de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual do Ministério da Justiça traçou 100 ações para reduzir a pirataria no País, entre elas, combater a cópia irregular de livros dentro das universidades públicas e privadas, crime que dá prejuízo a editoras e autores. A prática de "xerocar" livros com intuito de lucro é proibida por lei.

Para combater este crime, o Conselho não pretende se utilizar de medidas repressoras, num primeiro momento. "Vamos atuar em três vertentes: a educacional, com o Ministério da Educação (MEC) entrando em contato com as universidades para conscientizar os alunos e professores para que não utilizem xerox de livros; a econômica: fazer que os livros sejam vendidos a preços mais populares e, se necessária, a repressão. Caso a prática continue, vamos fazer ações com a polícia" , explicou Luiz Paulo Barreto, presidente do Conselho.

Ima outra ação , esta recém desenvolvida é um software Controle de Impressão de Publicações, desenvolvido pela Microsiga Dá Educação, com um investimento de R$ 150 mil. A idéia da empresa é oferecer a tecnologia para o mercado editorial. Outro projeto em teste é a Pasta do Professor. Bancado por oito editoras, o grupo planeja lançá-lo oficialmente até o fim do ano.