No Brasil, 223 mil mortes por ano são resultados das exposição a fatores de risco ambiental, como poluição, água não tratada e grandes estruturas urbanas. A análise da Organização Mundial da Saúde revelou que o impacto de alguns fatores ambientais no Homem afeta mais os países com menores rendimentos.

Os cálculos da OMS, baseados nas estatísticas de saúde nacionais relativas a 2004, indicam que 19% de todas as mortes no país poderiam ser evitadas se fossem adotadas políticas públicas eficientes. Falta de higiene, saneamento básico e poluição do ar matam 32 mil brasileiros por ano, indicaram os dados.

A poluição também é um dos ‘grandes assassinos’ de brasileiros. Baseando-se que 84% da população vive nas cidades, a poluição do ar mata 12,9 mil pessoas por ano.

Os índices que alarmam continuam com os números da tragédia. Outra estimativa aponta que com 22% das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, a falta de água tratada e de redes de esgoto tiram a vida de 15 mil brasileiros por ano.

"Estas estimativas por país são um primeiro passo na direção de ajudar governantes em relação às prioridades para ação preventiva nas áreas de saúde e meio ambiente", disse a diretora-geral assistente de Desenvolvimento Sustentável da OMS, Susanne Weber-Mosdorf. "É importante quantificar o peso das doenças causadas por ambientes pouco saudáveis. Esta informação é chave para ajudar os países a escolher as intervenções apropriadas", ela disse.

A conclusão apontada pelo relatório é que países emergentes e em transição como Rússia, Índia e Brasil são os mais afetados pelas condições resultantes dos fatores ambientais.