Com o objetivo de facilitar o entendimento das pessoas e disciplinar a utilização das informações sobre os medicamentos registrados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, publicou no Diário Oficial da União uma consulta pública que propõe a padronização do vocabulário com nomes, conceitos e abreviaturas utilizado para as formas farmacêuticas.

A lista irá facilitar a busca e a utilização das informações em um sistema e diminuir os erros nas publicações. O vocabulário deverá organizar as informações de forma coerente e precisa com os termos, abreviaturas e definições mais apropriados.

O vocabulário deverá ser adotado integralmente nos sistemas, registros, listas, rotulagens, embalagens e bulas de medicamentos, além de outros materiais em que é necessária a utilização de terminologia aprovada.

Cada nova proposta deve ser analisada para verificar se sua descrição é cientificamente válida ou se é um sinônimo de uma forma já existente na hierarquia, evitando assim que formas farmacêuticas repetidas ou criadas pelo uso comum ou pela indústria farmacêutica sejam inadvertidamente incluídas no sistema.

Para o coordenador do curso de farmácia da Asces, João Eudes, a padronização pode se mostrar como uma solução para os abusos cometidos pela indústria farmacêutica. “Essa é uma discussão antiga, se a padronização realmente se concretizar, os consumidores saberão facilmente escolher qual medicação tomar e não será ‘induzido’, por outras fórmulas. Isso gera diminuição de gastos excessivos. Muitas vezes o medicamento é comprado pelas as ações de marketing”, declarou farmacêutico.