É considerado bebida alcoólica qualquer mistura que contiver 0,5 grau ou mais de concentração, entre elas refrigerantes associados a destilados e preparações farmacêuticas, esta é uma revelação da nova Política Nacional sobre o Álcool, lançada nesta semana em Brasília. Em um total de 20 diretrizes, o decreto traz uma série de medidas que vão desde o estímulo à restrição dos pontos de venda de bebidas alcoólicas até a ampliação do atendimento aos dependentes do álcool.

A política foi formulada pelo Grupo Técnico Interministerial composto pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional Antidrogas, Ministério da Justiça, Ministério da Educação e Ministério das Cidades.

O ministro das Cidades, Marcio Fortes, destacou as ações da política em relação ao uso de álcool no trânsito. Ele anunciou que os perigos da associação entre álcool e direção serão incluídos nos cursos de formação de condutores e na grade curricular das escolas. Relacionada ao discurso do ministro foi comparada a uma pesquisa feita no ano passado, realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Trafego (ABRAMET) em quatro grandes capitais brasileiras (Curitiba, Brasília, Salvador e Recife), a qual apontava que 61% dos acidentados haviam ingerido bebida alcoólica antes do acidente.

O ministro disse também que o governo estuda medidas para proibir a venda de bebidas alcoólicas em estradas federais e postos de gasolina.

No Brasil, uma pesquisa da Secretaria Nacional Antidrogas detectou que 12,3% das pessoas entre 12 e 65 anos têm dependência do álcool e 75% já beberam pelo menos uma vez na vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de dois bilhões de pessoas consumem bebidas alcoólicas em todo o mundo.