Depois de tentar negociar, sem sucesso, na última terça-feira, 16, com a justiça brasileira, o traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía pode responder a outro processo judicial por lavagem de dinheiro e teve uma nova prisão preventiva decretada. A decisão do juiz da 6ª Vara Federal Criminal Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e em Lavagem de Valores, Fausto Martin de Sanctis, que determina que Abadia entregue, no prazo de 48 horas, a quantia prometida (US$ 40 milhões) pelo possível acordo de delação premiada.

Para o juiz, Abadía mostra evidências de continuidade da atividade delitiva, "mesmo após o seqüestro de bens determinado pela Justiça em agosto de 2007, e mesmo após seu interrogatório judicial, no qual declarou não possuir patrimônio além daquela já de conhecimento das autoridades brasileiras". Esses fatos, na avaliação do juiz, "afetam a credibilidade do poder judiciário federal".

"Observou-se, destarte, que a confissão do fato revelou a intenção de prosseguir no comportamento de ocultação de bens às autoridades, que não podem, a despeito da alegada informação, de desejar colaborar com a Justiça, manterem-se inertes", diz o juiz na ordem judicial.

O juiz determina também que a Superintendência da Polícia Federal (PF) de São Paulo tome todas as providências necessárias para localizar o dinheiro e o conseqüente depósito junto ao Banco Central (BC). E pede, ainda, que o MPF adote as providências necessárias diante da notícia de reiteração da conduta criminosa de lavagem de valores por parte do traficante, que deixou claro que o dinheiro deve estar ocultado em algum local do Brasil.

Com informações da Agência Estado.

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