Estudantes de Biomedicina colam grau depois de cumprirem estágio durante a pandemia
A pandemia de Covid-19 fez de 2020 um ano atípico e desafiante, mudando por completo a rotina das instituições de ensino, que se viram forçadas a reinventar sua prática pedagógica e formato de ensino, passando de aulas presenciais para aulas remotas. A tão sonhada formatura dos concluintes também foi repensada, com o formato tradicional de colações de grau sendo adaptado às regras que o momento exige.
Sem auditório lotado, nem aglomeração de familiares e convidados, nesta quarta-feira, 21, estudantes do curso de Biomedicina da Asces-Unita participam da última colação de grau do semestre 2020.1, depois de cumprirem os estágios obrigatórios, adiados pela pandemia. A cerimônia acontecerá no auditório do Campus II da instituição. “Estamos cuidando de todo o percurso, da portaria até o auditório, com placas de orientação e disponibilizando álcool em gel”, explica Julliana Ribeiro, gerente de eventos da Asces.
Na entrada, tapetes higienizantes para os calçados e dispositivos de álcool em gel para as mãos, são algumas das medidas para garantir a proteção aos participantes. Além disso, todos devem usar máscaras durante a cerimônia. “Esse ano, não teremos aquela colação de grau com mais de três mil pessoas, mas vamos garantir a emoção que o momento exige”, ressalta Julliana. Para os formandos que optaram, a colação será presencial. Os professores e estudantes que aderiram ao modelo remoto participarão, ao mesmo tempo, pela plataforma Zoom. Já os convidados e interessados terão acesso pelo canal da Asces no Youtube (TV Asces).
Franklin Magalhães, coordenador do curso de Biomedicina, acredita que o estágio em tempos de pandemia preparou os estudantes para enfrentar o mercado de trabalho nas condições atuais. “O curso de Biomedicina da Asces-Unita tem um diferencial que é o estágio de mil horas, em duas áreas distintas de habilitação. Com a pandemia, houve uma suspensão das atividades de estágio. Durante o primeiro semestre entramos em atividades teóricas remotas, então as disciplinas transcorreram tranquilamente. Apenas em julho os estágios na área de saúde foram liberados”, comenta.
Apesar da liberação, os hospitais públicos não aceitaram os estagiários nesse período, porque estavam enfrentando uma série de problemas. Como a formação prática do biomédico não possibilita atividades remotas, a estrutura própria da Asces foi fundamental para garantir uma formação segura. “O que foi crucial para que a gente conseguisse fechar essas mil horas, com a formação de excelência que viemos garantindo nos últimos anos, foi o nosso Laboratório-Escola de Análises Clínicas. Através do atendimento à população conseguimos dar a capacitação de qualidade. Nossos estudantes não tiveram nenhuma perda em relação à formação”, ressalta Franklin.
Diante de um cenário de incertezas, o espírito colaborativo entre todos que fazem a comunidade acadêmica foi fundamental para a condução das várias atividades e iniciativas desenvolvidas, conforme a opinião da professora Marileide Rosa, pró-reitora acadêmica da Asces-Unita. Quando perguntada sobre quais conselhos daria aos novos profissionais que buscarão agora o mercado de trabalho, a pedagoga disse que é importante “continuar estudando muito e não se limitar a esta etapa inicial de graduação; ser ético; desenvolver um espírito empreendedor e corajoso; e nunca perder a esperança de que o futuro será melhor que qualquer presente”.