Comitês de ética defendem interesses dos participantes de pesquisas científicas
De uma maneira geral, todos os projetos de pesquisa que lidam diretamente ou indiretamente com seres humanos devem passar pela avaliação de um comitê de ética. Imprescindíveis no campo das pesquisas e publicações, esses comitês atuam na proteção do bem estar dos participantes em sua integridade e dignidade e contribuem com o desenvolvimento das pesquisas dentro de padrões éticos.
Na Asces-Unita, o comitê de ética em pesquisa com seres humanos foi instituído em 2003. Atualmente é composto por quinze membros, incluindo docentes de diversos cursos da instituição e três representantes dos usuários indicados pelo Conselho Municipal de Saúde de Caruaru, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a professora Sibele Ribeiro, coordenadora do comitê na Asces-Unita, o órgão é uma instância colegiada, constituída pela instituição em respeito às normas da Resolução n° 466 de 2012 e a Resolução nº 510 de 2016, do Conselho Nacional de Saúde. “O Comitê tem caráter multi e transdisciplinar, incluindo a participação de profissionais da área de saúde, das ciências sociais e humanas e membros da comunidade”, descreve.
O comitê utiliza a Plataforma Brasil para registro e avaliação dos protocolos de pesquisa que são submetidos, sejam projetos da graduação ou pós graduação, para resguardar os participantes ou voluntários de pesquisas envolvendo seres humanos quanto aos possíveis riscos envolvidos, também para verificar os benefícios das pesquisas desenvolvidas pela Asces e outras instituições.
A Plataforma Brasil é a base nacional e unificada de registros de pesquisas envolvendo seres humanos do sistema CEP/CONEP. Ela permite que as pesquisas sejam acompanhadas em seus diferentes estágios, desde sua submissão até sua aprovação, possibilitando inclusive o acompanhamento na fase de campo e o envio de relatórios parciais e finais. Além de deixar a Asces na vanguarda das pesquisas envolvendo seres humanos na região, o comitê de ética contribui ainda para a divulgação de resultados.
As revistas científicas, por exemplo, não aceitam trabalhos que não tenham recebido o aval de um comitê para sua publicação. Sibele Ribeiro cita como exemplos de pesquisas avaliadas na instituição dois projetos importantes. “Um deles é sobre os principais microrganismos resistentes no ambiente hospitalar, o outro sobre os custos, a nível hospitalar, do uso de antimicrobianos em pacientes com quadros infecciosos”, explica.