O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões nos próximos dois anos para que as crianças brasileiras sejam plenamente alfabetizadas em língua portuguesa e matemática até os 8 anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental. O investimento faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa lançado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A presidente destacou que a criação do pacto se inscreve em uma estratégia de governo para reduzir a desigualdade social do país e gerar oportunidades iguais aos cidadãos.

 

“É imprescindível que possamos fortalecer todas as famílias, em especial as mais pobres, e saber que há um caminho, junto com outras iniciativas, que é mais perene, que tem o poder de assegurar o acesso das pessoas às oportunidades durante toda a sua vida. Esse caminho é a educação”, afirmou, durante a cerimônia de lançamento do programa.

 

Dilma destacou considerar que as iniciativas para alfabetização têm um caráter de urgência. “Esse caráter de urgência se soma a um caráter estratégico. Por isso, o pacto é o caminho fundamental para a igualdade de oportunidades”, disse.

 

A presidente afirmou ainda que quer, para o Brasil, que ele seja no mínimo um país de classe média, o que significaria oportunidades aos cidadãos e igualdade nessas oportunidades. “Nosso país poderá se orgulhar de dar oportunidade a todos se nós aplicarmos esse pacto de uma forma sistemática e até obsessiva. Nós todos precisamos nos comprometer com a alfabetização na idade certa.”

 

Segundo o Ministério da Educação, já aderiram ao pacto 5.224 prefeituras e todas as 27 unidades da federação. O principal eixo do pacto é a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, que farão cursos presenciais com duração de dois anos. Os cursos serão oferecidos no próprio município no qual o professor trabalha. Os profissionais receberão uma bolsa de estudos para participar da atividade. A formação será supervisionada por aproximadamente 18 mil orientadores de estudo, capacitados em 34 universidades públicas do país.

 

O pacto também prevê a aplicação de prova nacional para verificar se os alunos do terceiro ano do ensino fundamental de escolas públicas aprenderam a ler e a escrever. A primeira prova será aplicada já no ano que vem.

 

 

FONTE: DIÁRIO SP