A capital de Pernambuco registra nível extremo de radiação
Os raios ultravioleta (UV) chegaram à condição extrema de radiação na manhã de ontem no Recife e em outras 14 capitais do Brasil, marcando índice entre 11 e 14, numa escala cuja o máximo corresponde a 14. A informação é da empresa paulista Somar Meteorologia.
No Recife, a temperatura oscilou entre 30,5º C, às 10h, e 31,4º C, às 11h. Os dados são do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). De acordo com o instituto, a sensação térmica variou de 5º C a 6º C acima da temperatura real, de acordo com o ambiente em que a pessoa estivesse.
Questionada sobre o motivo para o aumento da incidência da radiação apontado pela Somar Meteorologia, a coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda, disse não poder informar, já que o órgão não realiza medições desse tipo.
Segundo o meteorologista Marcel Rocco, do Somar Meteorologia, a elevação do índice acontece devido a fatores como a estação do ano e a pouca nebulosidade. Juntas, segundo Marcel Rocco, essas situações são capazes de provocar a elevação do nível de raios solares que chegam à superfície da Terra. Além disso, o meteorologista aponta que essa condição se repetiu algumas vezes nas últimas semanas.
No registro observado pela Somar Meteorologia, além do Recife, as capitais com índices mais elevados, às 10h de ontem, eram: Brasília, Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal e Palmas, com índice 14 (igual ao da capital pernambucana), seguidas por Rio de Janeiro e Vitória, com 13, e Porto Alegre, que tinham índice 11, considerado extremo.
Na cidade de São Paulo, o índice era de 5 no horário, considerado moderado. Apesar disso, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontava previsão de elevação do índice, podendo alcançar níveis extremos – de 11 a 14. Mas por volta das 15h o nível de radiação se mantinha o mesmo na capital paulista. A temperatura, entretanto, chegou a 33,1º C no horário. Os dados são Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com a escala que mede a incidência de raios ultravioletas, índices de 1 a 2 são considerados baixos, de três a cinco, moderado, seis e sete são altos, entre oito e dez são considerados muito altos, e os superiores a dez são apontados como extremos.
CÂNCER / CUIDADOS
Segundo a médica Selma Cernea, coordenadora da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o alto índice de raios ultravioletas aumenta o risco de danos à pele que podem ser desde uma vermelhidão até o aparecimento de manchas, envelhecimento e câncer de pele, se a exposição for feita por tempo prolongado e regularmente.
Para evitar problemas causados pelos raios ultravioletas, deve-se evitar a exposição ao sol, principalmente com as crianças, que desidratam mais facilmente. A especialista alerta ser importante não esquecer de usar protetor solar e roupas com cores claras, que refletem a radiação, diminuindo o contato dela com a pele. Em casos de aparecimento de mancha na pele durante um tempo prolongado, recomenda, a pessoa deve procurar um médico.
Fonte: JC Online