Um estudo inédito mostrou que o uso do medicamento sitagliptina, pode deter o diabetes tipo 1 em humanos. Esta é a primeira vez que a substância é testada em humanos e os resultados preliminares dos testes em dois pacientes mostraram que o medicamento permitiu a redução das aplicações diárias de insulina, necessárias para controlar os níveis de açúcar no sangue. O estudo ainda está em andamento e os testes que comprovarão a eficácia do tratamento ainda devem se prolongar por tempo indeterminado.

Segundo o endocrinologista Carlos Eduardo Couri, um dos pesquisadores do estudo,
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (FMRP-USP), o diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico destrói o próprio órgão do paciente, neste caso as células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio que controla as taxas de açúcar no sangue (glicemia). “O paciente com esse tipo de diabetes precisa aplicar injeções de insulina várias vezes ao dia, caso contrário corre o risco de morrer”.

De acordo com estimativas dos pesquisadores da FMRP-USP, nos anos 80, cerca de 10% dos brasileiros eram diabéticos. O diabetes tipo 1 representa 5% desse grupo e acomete, principalmente, crianças e jovens, trazendo riscos de complicações crônicos, como cegueira, amputação de membros, insuficiência renal, infarto, além de comprometer a qualidade de vida dessas pessoas.
 
O especialista reforça que mesmo com a utilização da insulina ou com o controle feito com os medicamentos, é importante que o diabético mantenha as uma dieta alimentar adequada e faça exercícios regulares. O endocrinologista disse ainda que para que a sitagliptina seja indicada para os pacientes do diabetes tipo 1 é necessário que os testes sejam feitos em um grande número de voluntários. Podem participar pessoas com idade acima de 12 anos que tenham diabetes recém diagnosticado (há menos de seis semanas).

Para tirar dúvidas sobre a utilização da sitagliptina e se informar sobre como ser voluntário na pesquisa basta escrever para o e-mail do endocrinologista que é [email protected] .

Com informações da Agência Brasil.