Estudo americano afirma que a cafeína pode prejudicar diabéticos do tipo 2
Pacientes de diabetes do tipo 2 que tomam café com freqüência podem aumentar em até 8% o nível de glicose diário no sangue. A descoberta foi feita por cientistas americanos e publicada na revista científica Diabetes Care.
Na experiência realizada na Duke University, nos Estados Unidos, os cientistas monitoraram o nível de açúcar em 14 pacientes diabéticos. Foi dado dois tipos de comprimidos para os participantes: um placebo e uma cápsula de cafeína, equivalente a quatro xícaras de café.
Os participantes alternaram a ingestão das pílulas diariamente e tiveram os níveis de açúcar monitorados através de um sensor de glicose subcutâneo capaz de monitorar os níveis de glicose por um período de até 72 horas.
Segundo James Lane, que liderou o estudo, uma das causas do aumento no nível de glicose pode ser a interferência da cafeína no processo que transporta a glicose do sangue para o músculo e outras células do corpo. Além disso, a cafeína pode também ativar a liberação de adrenalina, o que contribui para o aumento no nível de açúcar.
"A melhor maneira de controlar o nível de glicose é com uma alimentação saudável e a prática de exercícios", concluiu o especialista.
De acordo com Cathy Moulton, da ONG Diabetes UK, que trabalha com pacientes diabéticos, o estudo ainda é limitado. "A pesquisa é interessante. No entanto, o estudo examinou apenas uma amostra de dez pessoas em um período de 72 horas, o que é muito pouco", afirmou. "É preciso realizar mais pesquisas antes de pedir aos diabéticos pararem de tomar café", explicou Moulton.