Analfabetismo se concentra entre pobres, negros e nordestinos
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) comemora nesta segunda, 8, o Dia Internacional da Alfabetização. Nesta data, a organização divulgou um relatório que não é muito de se comemorar. Segundo Um especialista da Organização, Timothy Ireland, O analfabeto brasileiro continua sendo em sua maioria nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos.
Dados de 2006 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 10,38% da população se declara analfabeta absoluta, ou seja, não sabe ler ou escrever um bilhete simples. O percentual representa 14,3 milhões de brasileiros. O relatório de monitoramento do programa Educação Para Todos, da Unesco, mostra ainda que o índice mais do que dobra na área rural (25%). Entre os negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que entre os brancos.
“A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática. Hoje vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, a pessoa que não tem acesso à escrita e à leitura acaba excluída de informações que são necessárias para garantir todos os outros direitos, a saúde, a participação política na sociedade”, avalia o Especialista em educação de jovens e adultos da Unesco, Timothy Ireland.
“O Brasil tem avançado bastante a partir do momento que estabeleceu uma política nacional de educação para jovens e adultos, mas o esforço ainda não está refletido nos números. Acreditamos que ainda precisamos de mais recursos para atuar nessa área”, defende o especialista.
Com informações da Agência Brasil.