Nordeste ganha laboratório de microscopia eletrônica
Foi inaugurado na última sexta-feira, 09, e já está à disposição para a comunidade científica e tecnológica o primeiro laboratório regional de microscopia eletrônica do país.
O Laboratório de Microscopia Eletrônica do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), unidade vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, se destinará ao estudo de nanoestruturas e materiais biológicos.
O primeiro laboratório multiusuário reúne três microscópios eletrônicos de grande porte, sendo um deles (de varredura ambiental) inédito no Norte/Nordeste e os outros dois são de transmissão, utilizados por pesquisadores para o estudo de nanoestruturas. O investimento total do Laboratório ficou em torno de R$ 3,3 milhões em instalação e montagem.
“A e as empresas do Nordeste poderão fazer exames sofisticados de microscopia sem precisar enviar amostras para laboratórios no Sudeste do país”, disse Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia.
“As aplicações do microscópio de varredura ambiental são muito amplas, tanto na área biológica como em nanotecnologia”, disse Frederico Montenegro, um dos coordenadores de implantação do Laboratório de Microscopia Eletrônica e professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O Cetene é um centro de desenvolvimento e transferência de tecnologias consideradas estratégicas para a região Nordeste, criado em 2005 pelo MCT. Suas principais áreas de atuação são a biotecnologia e a nanotecnologia. Inaugurado em 2005, na Cidade Universitária, no Recife, o centro tem atualmente cinco laboratórios e uma equipe de 40 pesquisadores.
O diretor do Cetene, Fernando Jucá, disse que os microscópios eletrônicos têm capacidade de ampliar em até um milhão de vezes as amostras analisadas. “Os equipamentos permitem estudar células, tecidos, átomos de matérias, partículas da atmosfera, além da qualidade ambiental e de materiais fabricados com cerâmica, gesso e metal.”.
Entre os segmentos que poderão ser usuários do laboratório, acrescentou Jucá, estão o de fármacos, indústria têxtil, hospitais, construção civil, mineração e de produtos químicos.
Com informações da Agência Brasil.