Cientistas políticos contribuem para a melhoria da democracia e das instituições democráticas
O professor Vanuccio Pimentel cita que o estudante de ciência política da Asces-Unita tem um perfil jovem e conectado com a realidade. E aponta um mercado em expansão.
A política não é apenas coisa de políticos, vai muito além de processos eleitorais. Ela engloba muitas questões do nosso dia a dia, influenciando diretamente em nossas vidas. E nunca se falou tanto em política como atualmente, seja na TV ou nas redes sociais. Nesse cenário, a figura do cientista político assume papel relevante. Por se tratar de um cientista social, seu papel é estudar e compreender os dilemas políticos da nossa sociedade contribuindo na melhoria da democracia e das instituições democráticas.
Desde 2016, estudantes de Caruaru e região passaram a contar com um curso superior de ciência política, ofertado pela Asces-Unita. O curso permite uma imersão no sistema político brasileiro e nas instituições democráticas, com o objetivo de compreender o funcionamento de nosso sistema político. “O cientista político formado na Asces tem forte conhecimento teórico e metodológico além de domínio na análise de dados”, comenta Vanuccio Pimentel, coordenador do curso, que tem duração de quatro anos.
Vanuccio, que é doutor em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que ao longo da formação os estudantes se dedicam a compreender os fundamentos do processo político brasileiro, as instituições democráticas e todo o processo político-eleitoral. Além de toda a base teórica da ciência política contemporânea. “O curso da Asces também tem forte diferencial no uso de dados como parte importante da formação do cientista político”, cita.
O estudante tem um perfil jovem e conectado com a realidade política, lembra Vanuccio. Eles buscam compreender o processo político e atuar de diversas formas ao fim do curso. Também participam de projetos de extensão que servem para aproximá-lo da experiência prática. O observatório da política, por exemplo, é um projeto que atua no acompanhamento de processos eleitorais e de atuação parlamentar. “Em 2019, o projeto de extensão fez uma pesquisa eleitoral sobre as eleições municipais de Caruaru”, lembra o coordenador.
O mercado de trabalho para o cientista político está em ampla expansão em nossa região. Vanuccio diz que o cientista político pode atuar no setor público (governos e organizações públicas) na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas; junto a partidos políticos na definição de estratégias eleitorais; e junto a mandatos eletivos na definição de prioridades e formulação de soluções para os dilemas sociais. “Além disso, também pode atuar no terceiro setor, com as organizações não governamentais, um campo que tem crescido significativamente nos últimos anos. E por último, também pode atuar no setor privado em consultorias especializadas”, observa.
Para os estudantes que desejam cursar ciência política, Vanuccio Pimentel fala sobre sua própria experiência. “Como cientista político eu me sinto plenamente realizado com a minha formação. Continuamente sinto a necessidade de aprender mais e de compreender os dilemas de nossa sociedade e construir soluções para estes dilemas. Além disso, a ampla possibilidade de atuação permite uma flexibilidade profissional que é fundamental nos tempos atuais”, conclui.