Mazuca de Agrestina no Quintal da Academia
Nesta quinta-feira (21/03), à noite, tem apresentação do Grupo de Música e Dança “Mazuca de Agrestina” no Quintal da Academia, na Rua XV de Novembro, 215, centro de Caruaru (Ao lado da Câmara de Vereadores e na Sede da ACACCIL). O espaço está aberto das 18h às 22h e o grupo inicia sua apresentação às 19h30min. A entrada é gratuita. Você é nosso convidado para conhecer uma história rica, contada através das loas (músicas) e por meio da alegria que conduz a dança!
A Mazuca é um ritmo que mistura influências indígenas e africanas, numa mescla de pandeiro, ganzá e batida de pés, um trupé forte e certeiro, que lembra o coco, mas tem a sua própria identidade. Ela é dançada por casais, que formam uma roda e giram em uma mesma direção, batendo forte com os pés e as mãos, “puxados” pelo cantador de loas. A marcação do ritmo é feita por um único instrumento percussivo: o ganzá – elemento característico da tradição indígena.
As letras das loas são, em geral, um relato do cotidiano dos agricultores, que formam a maioria dos componentes dos grupos. Elas falam do trabalho na roça, as dificuldades, seus hábitos, a natureza. São canções simples, porém encantadoras.
Saiba mais sobre a Mazuca
História – A dança de origem polonesa foi trazida ao Brasil pelos imigrantes como “Marzuca”, e, adotada pelos escravos, passou a ser chamada de Mazuca. A coreografia é rápida e dançada em pares, com alguns passos semelhantes à quadrilha. Em Agrestina, a tradição ficou conhecida através de D. Amara, que morreu aos 107 anos, em 2009. O grupo da cidade foi finalista do Prêmio da Música Brasileira no mesmo ano, na categoria grupo regional, ficando em segundo lugar.
A mazuca surgiu, provavelmente, com a colonização do agreste nordestino. Os negros escravos que fugiam dos engenhos de cana-de-açúcar se uniam aos índios e formavam os quilombos, de onde se espalhou o ritmo. Tanto a sonoridade, quanto a dança da mazuca é uma variação do coco, música que os escravos cantavam quando quebravam a quenga do fruto.
Durante as festas juninas, época em que as comunidades se reúnem com maior frequência para brincar a mazuca, os mazuqueiros não dispensa um antigo ritual. Antes de iniciar a dança, preparam a farinha de mandioca e com o caldo que sobra fazem o beiju. Segundo a tradição, este ritual tem por objetivo prepará-los e fortalecê-los para a festa, que geralmente só termina ao nascer do sol.