Ainda faltam sete dias para o Dia Internacional da Dança, mas a arte do corpo já ganhou um espaço bem especial na capital pernambucana nesta semana. A 10ª edição da mostra Pernambuco em Dança reunirá até domingo (25), sempre às 19h, mais de 50 grupos no Teatro do Parque. Serão diferentes estilos em cena: do clássico ao contemporâneo, perpassando pelo jazz, sapateado, dança de salão, do ventre, popular, entre outros. Diferentes gêneros que juntos poderão dar ao público uma visão geral do que vem sendo produzido no estado, tanto em nível profissional quanto amador.
 
A mostra, que tem coordenação e curadoria de Fred Salim e Paula Azevedo, inova este ano por inserir duas comunidades em sua programação: Ibura e Brasília Teimosa. "Esses dois bairros têm uma grande movimentação na dança. Por isso escolhemos trabalhar com eles", afirmou Fred Salim. Todos os dias da mostra serão divididos em duas partes. Na primeira, um grupo apresentará, em cerca de 40 minutos, seu espetáculo completo ou trecho dele. Já o segundo ato, é dedicado a diversas companhias, de diferentes estilos, com coreografias que variam de 3 a 15 minutos.
 
O Balé Popular do Recife é um dos que participa da mostra este ano. Ele vai trazer uma sequência de frevo que faz parte do espetáculo Nordeste, a dança do Brasil. Serão 18 passistas no palco que comandarão a frevança. Um dos destaques desta edição do Pernambuco em Dança é que ele contará com a participação de três grupos do Sudeste, sendo dois de São Paulo e um de Minas Gerais: Faces Ocultas Companhia de Dança, Equilíbrio Companhia de Dança e o Grupo Mineiro de Danças Clássicas. O grupo de Minas, por sinal, se apresenta pela primeira vez no Recife e traz balé clássico de repertório nos quatro dias de festival.
 
Segundo Fred Salim, esses grupos do Sudeste só vem a somar no Pernambuco em Dança. "No início, o projeto trazia apenas grupos locais. Mas, ele foi crescendo bastante e outras companhias de fora se interessaram em participar. Recebemos muitas propostas. Mas, nossa prioridade ainda são os grupos locais, incluindo os do interior do estado", comentou Fred Salim, acrescentando que os escolhidos têm um nível técnico muito bom.
 
Ele aproveita para ressaltar que a mostra não tem nada a ver com aqueles espetáculos de fim de ano das academias. "Todos estão trazendo o que têm de melhor. As academias de dança estão com suas turmas mais avançada e seus melhores trabalhos. Não é um festival de escola, mas, sim, um festival que acolhe os profissionais, escolas de dança, grupos de ONG e amadores, totalizando mais de 700 bailarinos na mostra".

Fonte: Redação do Diario de PE