Um estudo avaliou 72 fumantes e 72 não-fumantes de ambos os sexos, com idades entre 20 e 31 anos e chegou a conclusão que cerca de 40% de fumantes avaliados se queixaram de zumbido na audição. Entre os não-fumantes, 11% apresentam queixas do problema. A pesquisa realizada como dissertação de mestrado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) demonstra que o déficit de oxigenação no sangue, as obstruções vasculares e as alterações na viscosidade sangüínea provocadas pelo cigarro podem ter efeito tóxico sobre os órgãos ou nervos responsáveis pela audição, causando os danos verificados.

Exames de audiometria mostraram que 13,9% dos tabagistas tinham disfunção coclear – ausência de sons gerados dentro da cóclea (parte anterior do labirinto do ouvido). "Os dados coletados confirmam a relação entre dose e tempo de tabagismo com o agravamento do problema, de modo similar ao que acontece com outras doenças relacionadas ao fumo, como câncer e AVC", explica a responsável pelo estudo, a fonoaudióloga Carolina Pamplona Paschoal.

Com informações do Jornal Folha de São Paulo.