Brasília terá discussões sobre implantação de normas internacionais de segurança microbiológica
Brasília vai sediar entre os dias três e seis de outubro o Congresso Brasileiro de Microbiologia. Na ocasião, serão discutidos a implantação de normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos e as possíveis parcerias com a Sociedade Norte-Americana de Microbiologia (ASM), no que se relaciona a intercâmbios entre estudantes da América Latina e do Caribe.
De acordo com Irma Rivera, embaixadora da ASM no Brasil, os principais representantes da entidade virão a Brasília e São Paulo em outubro para discutir a articulação de uma rede no setor. “Dos 42 mil membros da ASM, mais de um terço é de fora dos Estados Unidos. Vemos esta aproximação como uma oportunidade para que o ICB, a Sociedade Brasileira de Microbiologia e outras instituições se articulem com entidades latino-americanas da área”, disse Irma.
Segundo a professora, que também é uma das coordenadoras da área de Microbiologia Ambiental da Sociedade Brasileira de Microbiologia, os países latino-americanos têm grande necessidade organizar e padronizar pesquisas em análise de riscos microbiológicos. “As normas internacionais de segurança microbiológica de alimentos vêm sendo elaboradas conforme as análises de risco feitas em países desenvolvidos, deixando de fora a pesquisa latino-americana. Precisamos reforçar a integração de pesquisadores da região e a ASM pode ser um bom mediador para isso”, disse.
Segundo ela, os modelos utilizados para elaboração das normas na Organização Mundial de Saúde (OMS) e na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) são feitos a partir de dados obtidos principalmente na Europa, nos Estados Unidos e Japão.
Outra novidade que será apresentada no congresso será os programas de bolsas da ASM já estão em ação no Brasil. Um deles é voltado para jovens cientistas da América Latina e do Caribe, com bolsas de US$ 4 mil para estudantes visitarem uma universidade norte-americana por um período de seis semanas a seis meses. Outra bolsa no mesmo valor é voltada para pesquisadores norte-americanos que venham ministrar cursos de pós-graduação na América Latina.