Este sábado é o dia D contra a poliomielite
Todas as crianças de zero a cinco anos devem ser levadas aos postos de saúde entre as 8h e 17h de sábado para tomar a segunda dose da imunização – a maior arma contra a paralisia infantil. Em Caruaru, a Secretaria de Saúde do município deu início a pré-campanha desde 1º de agosto e espera vacinar mais de 100% das crianças.
A população de Caruaru menor de cinco anos atinge 27.187 crianças, sendo 5.327 menores de um ano e 21.860 de um a quatro anos. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 95% desse total.
De acordo com a coordenadora municipal do Programa Nacional de Imunização (PNI), drª Rosa Virgínia, graças a um forte esquema de organização montado nas duas etapas da campanha do ano passado, Caruaru ultrapassou 100% de crianças vacinadas e neste ano a secretaria quer repetir a meta.
No município são 92 postos espalhados na área urbana da cidade e na zona rural e no Estado, a vacinação será oferecida em 5.500 postos de saúde volantes e fixos. Como estímulo, o MS disponibilizou 1,3 milhão de doses do medicamento ao estado. "Na primeira etapa, realizada no dia 16 de junho, alcançamos o atendimento a 101,19% de crianças. Fomos o primeiro do país", destacou Teresa Maia, coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI).
A alta procura, maior até do que o número de crianças registradas em Pernambuco (828 mil), é justificada pela visita de crianças localizadas na fronteira com outros estados. A coordenadora estadual ressaltou que os pais deverão levar a carteira de vacinação para atualização e identificação de eventuais falhas.
Paraíba registrou último caso no país
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em Souza, na Paraíba, em 1989. Em Pernambuco, a doença está erradica há 19 anos, mas a preocupação continua porque o vírus ainda circula pelo mundo. Em 1988, a Organização Mundial de Saúde (OMS) votou a favor do lançamento para um esforço mundial de erradicação da doença, mas apesar dos esforços ainda há registros em mais de 100 países.
O poliovírus se desenvolve na garganta e nos intestinos e, a partir daí, se espalha pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.