O mundo contra o aquecimento global
Cientistas de todo o mundo se reuniram na última semana para discutir as ações que visam a redução na emissões de gases que provocam efeito estufa com custos relativamente baixos. Essa é a principal conclusão da terceira parte do relatório de 2007 do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, IPCC, na sigla em inglês, cujo conteúdo foi divulgado, em Bangcoc, Tailândia.
O relatório mostra claramente que é possível deter o aquecimento global se o processo de redução das emissões for iniciado antes de 2015. De acordo com o documento, para salvar o clima do nosso planeta, a humanidade terá de diminuir de 50% a 85% as emissões de CO2 até a metade deste século.
“Está na hora de arregaçarmos as mangas e fazermos tudo que podemos. Não dá mais para ficar apenas falando no assunto”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “Agora está na hora de pressionar os políticos e mobilizar a sociedade para tomarmos decisões conjuntas e realmente colocar em prática, o que se vem discutindo”, comentou.
O IPCC não apenas comenta os resultados, como também indica o que deve ser feito em relação à preservação do planeta. Uma das sugestões apresentadas é o estimulo do uso de formas alternativas de energia, que não envolvam a queima de combustíveis fósseis. O uso de veículos mais eficientes como uma maneira de reduzir as emissões no setor de transportes, principalmente se abastecidos com biocombustíveis como o álcool ou o biodiesel e o uso de ferrovias, em vez de rodovias, sistema largamente utilizado no Brasil. Além do combate ao desmatamento que para o Brasil, é um dos maiores causadores das mudanças climáticas respondendo por 75% das emissões brasileiras.
O impacto econômico causado chegaria a aproximadamente 0,2% a 3% do PIB global em 2030, ou menos de 0,1% por ano, de acordo com o relatório.
O Governo do Japão deve propor um plano para reduzir pela metade as emissões globais de gases do efeito estufa até 2050 na reunião que o G8 realizará no Japão no ano que vem, segundo informou hoje a agência "Kyodo".
O Governo japonês quer estabelecer um novo marco internacional para lutar contra o aquecimento do planeta e suceder o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, cuja vigência termina em 2012.