Começou na última segunda –feira e segue até sexta, os cinco dias do Hajji, um dos mais importantes rituais da religião muçulmana. São mais de três milhões de pessoas que se encontram em Meca, a cidade sagrada da Arábia Saudita. A peregrinação é considerada uma das maiores demonstrações de fé em massa do mundo.

Durante a segunda-feira, a peregrinação começou com uma visita ao vale de Mina, onde foi destinado o dia de meditação e ao recolhimento, antes de subir ao monte Arafat, ou Al Tauba (arrependimento).

Subir o Monte Arafat é considerado o ritual mais importante do Hajj. De acordo com a tradição ocidental, foi neste monte que o profeta Mohammad (Maomé) pronunciou há 14 séculos seu último sermão em meio a milhares de seus seguidores, dois meses antes de sua morte na cidade de Medina, onde está sepultado.

Para grande parte dos muçulmanos, o profeta Muhammad subiu aos céus a partir do monte em Jerusalém onde hoje fica o Domo da Rocha, construção feita para abrigar a pedra de onde ele teria partido "rumo ao paraíso".

Já na quarta-feira , os peregrinos degolarão centenas de milhares de animais, principalmente cordeiros, para marcar a Festa do Sacrifício (Eid al-Adha), a principal festividade muçulmana.

As autoridades tomaram medidas especiais de segurança para impedir avalanches humanas durante o deslocamento dos peregrinos, especialmente na ponte de Jamarat.  Esta ponte leva à Muzdalifah, localidade que será visitada pelos peregrinos nos próximos dias, onde apedrejarão as três colunas que lá existem – símbolos das tentações do diabo.

Segundo o Alcorão, escritura do Islamismo, o devoto deve cumprir os cinco pilares: o testemunho da fé ( shahada ); orar cinco vezes ao dia em direção à Meca ( salat ); jejuar no ramadã, um mês por ano; praticar a caridade; e peregrinar até a Meca, mesmo que através de procuração escrita, caso não tenha recursos.