Na terça-feira (24), às 15:30h, a Faculdade Asces dá início a experiência da sua primeira turma com ensino semipresencial, uma proposta de ensino do tipo Blended Learning (ensino híbrido) previsto na carga horária obrigatória do curso. A turma na qual o sistema será implementado é o 3º módulo da graduação em Enfermagem, que tem aulas no turno da noite e aos sábados. Na ocasião, será apresentada a metodologia a ser utilizada pelo grupo a partir deste módulo. A iniciativa trará também a primeira experiência de tutorias, um modelo em que há um facilitador para cada 12 estudantes, tornando o ensino personalizado.
A turma em questão conta com 48 estudantes, de forma que são quatro facilitadores tutores responsáveis pelo referencial teórico de Seminário Integrado de Curso I: Vanessa Juvino (tutora e regente da unidade), Weslla Karla, Thyago Wanderley e Adriana Santana. Nesta unidade temática, é trabalhado o eixo temático da Atenção Básica de Saúde com quatro conteúdos que incluem: Promoção à saúde, Acolhimento e Vínculo, Classificação de Risco e Linha de Cuidado.
O terceiro módulo já está tendo aulas em regime regular desde 03 de fevereiro e o cronograma específico da modalidade semipresencial iniciará com a tutoria inaugural realizada no dia 24. Neste modelo de ensino, os estudantes contam com encontros presenciais que acontecem em semanas alternadas, sempre às terças-feiras à tarde, complementadas com 2h/a de atividades a serem cumpridas na plataforma Edulify. Nas semanas em que não há os encontros, o grupo deve cumprir uma carga horária de 6h/a semanais na modalidade virtual. Mesmo assim, o laboratório de informática fica reservado todas as terças e os discentes podem usar para completar a parte online do curso.
O módulo conta ainda com práticas clínicas assistidas orientadas pelo eixo temático da Sistematização da Assistência de Enfermagem Adulto-Idoso I, uma experiência em que o discente vivencia a prática acompanhado diretamente de um professor. É importante destacar que estas atividades são referentes à carga horária teórico-prática do módulo, e não à programação de estágio obrigatório.
“O grande diferencial da proposta é a condição de participação ativa do estudante no processo de ensino-aprendizagem, e a produção científica originária das discussões tutoriais, que favorecerão o fortalecimento e criação de linhas de pesquisa”, afirma a coordenadora do curso de Enfermagem, professora Valéria Gorayeb.
Este módulo semipresencial conta com 72h/aula previstas e homologadas na matriz curricular, que não substituem o ensino in loco. Além disso, as avaliações são realizadas de forma presencial. O grupo que participa da iniciativa terá, no total da sua graduação, quatro unidades temáticas nesta modalidade de ensino, totalizando 360 h/aula.
A proposta é que com a conclusão do módulo os estudantes produzam quatro seminários integrados a serem apresentados ao corpo docente e discente, relatando sua experiência com este tipo de ensino com foco nos eixos temáticos. Esta mostra de conhecimentos está prevista para o dia 08 de junho no auditório do Campus II, onde os discentes farão suas apresentações orais.
A proposta pioneira na instituição acontece com a parceria da Assessoria de Desenvolvimento de Tecnologias da IES. Durante o semestre, o assessor, Vasco Lopes, será responsável por acompanhar e criar relatórios de uso, para que a coordenação junto ao Colegiado de curso possa acompanhar o desempenho dos estudantes e o desenvolvimento da experiência. Estes serão gerados a partir da elaboração de portfólios, chats e fóruns por parte dos estudantes nos sistemas online Edulify e Google Classroom.
Estes dois sistemas permitem que os estudantes experimentem a interação e a personalização do ensino em ambientes mais formais ou informais mais coletivos ou individuais. Alem disso, o contato com as plataformas via web é possivel a partir de qualquer dispositivo com conexão à internet, deste computador normal, tablet, ipad ou celular.
“O objetivo do ensino online não é substituir o presencial, a sua missão é promover outro tipo de interação possibilitando práticas que são mais fáceis de concretizar em ambientes virtuais do que na sala de aula, como a realização de trabalhos colaborativos, portfólios, atividades em rede e construção coletiva de conhecimento. Assim, a proposta não é reproduzir online o modelo de ensino presencial tradicional, mas implementar uma nova tecnologia que permita um espaço virtual utilizando metodologias ‘ativas’ que permitam o despertar de uma nova autonomia e novas competências fundamentais ao estudante contemporâneo, como por exemplo a colaboração em rede”, explica Vasco.