Às 9 horas da manhã do dia 19 de setembro de 1921, no Recife (PE), Joaquim Themístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire recebiam seu filho Paulo Reglus Neves Freire, que entraria para a história da Educação como Paulo Freire. Cem anos depois, celebramos seu legado.

Paulo Freire ficou conhecido pelos seus estudos em prol da construção de uma Educação que fosse conscientizadora e libertadora, pautada nos sonhos, na esperança e na amorosidade. Em mais de 15 livros publicados escreveu sobre política, prática pedagógica, alfabetização, Educação Popular e tantos outros temas que permeiam seu pensamento. Reconhecido internacionalmente, foi nomeado patrono da Educação Brasileira em 2012. “Celebramos o centenário de Paulo Freire reconhecendo todo legado desse grande educador que enxerga a educação como um ato político e libertador. Freire nos convida a compreender que a educação é um ato de amorosidade, de respeito aos diversos saberes, sobretudo, a compreensão de que os educandos são sujeitos de suas aprendizagens.” relata a professora Eliana Tabosa, coordenadora do curso de Pedagogia da Asces-Unita.
É provável que você já tenha visto, estudado ou trabalhado em uma escola que carrega o nome do educador. Seja no nome da escola, na prática pedagógica ou na concepção de Educação, o legado de Paulo Freire segue vivo no cotidiano de professores e gestores escolares.

Inspirados pelas experiência das 40 horas em Angicos (RN)
“Em nenhum lugar do mundo onde estive, fiquei mais tocado do que aqui e agora”. Essa é a frase que quem visita Angicos encontra logo na entrada da cidade . Ela foi dita por Paulo Freire, em 1993, 30 anos depois da famosa experiência das 40 horas, quando alfabetizou 300 adultos da cidade. Na ocasião, foram utilizadas dezessete palavras geradoras, escolhidas com base em mais de 400 horas de conversas preparatórias e que faziam parte da realidade da comunidade.

Fonte: Nova Escola