Docente e empreendedor, Deivid enxerga a formação de novos engenheiros muito importante para o desenvolvimento do país, em especial da região Agreste pernambucana e destaca o papel da Asces-Unita nesse processo.

Filho de pai pernambucano e mãe maranhense, Deivid Sousa de Figueiroa nasceu no Rio de Janeiro (RJ). O pai, de Santa Cruz do Capibaribe, sempre trabalhou com confecções, conheceu a esposa e mudou para o Rio, onde atuou no segmento de vendas. “E com isso nasci no Rio de Janeiro”, cita Deivid, que até a adolescência viveu em vários estados do Sudeste, como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. “Na quinta série eu ganhei uma olimpíada de matemática. Esse foi meu primeiro prêmio e o início da minha afinidade com a área das ciências exatas”, recorda.

No primeiro ano do ensino médio, Deivid foi morar em Santa Cruz do Capibaribe e estudou na Escola Estadual Padre Zuzinha. Entre as matérias favoritas estavam matemática, física, química e biologia. Ele estudava à tarde e nos outros turnos participava de grupos de estudos, pensando no vestibular. Paralelamente a isso, continuou trabalhando com confecção, principal atividade da cidade. “Eu sempre gostei muito de química e isso me fez optar por essa área no vestibular. Me graduei pela UEPB e dei sequência aos meus estudos cursando mestrado e doutorado na área de Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande”, explica.

Na graduação, Deivid Figueiroa trabalhou com a síntese de catalisadores heterogêneos e defendeu TCC na área de produção de biodiesel, utilizando pinhão manso. No mestrado, sua pesquisa focou no desenvolvimento (síntese, caracterização e aplicação) de catalisadores também heterogêneos para produção de biodiesel, utilizando reações de transesterificação. E, no doutorado, trabalhou com processos oxidativos avançados, utilizados como pré-tratamento em biomassas vegetais visando sua destinação à biorrefinarias. “Uma coisa que a pós-graduação me proporcionou foi conhecer novos lugares e instituições através da participação em congressos, apresentações de trabalhos e parcerias técnicas com outros laboratórios, onde tive contato com muitos pesquisadores que enriqueceram muito meu olhar de pesquisador”, observa.

Depois de graduado, Deivid iniciou carreira numa indústria de alimentos, em Recife, atuando diretamente na otimização de processos industriais. Como seus pais continuavam vivendo em Santa Cruz, ele teve a ideia de empreender no segmento de confecção e educação, juntamente com sua esposa. E o negócio foi dando muito certo, fazendo Deivid deixar o emprego na indústria. Foi nesse período que cursou o mestrado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Quando estava terminando o mestrado e ingressando no doutorado, surgiu uma seleção na Asces-Unita, na área de Ciência e Engenharia dos Materiais, que chamou sua atenção. “Fiz a seleção, fui aprovado e foi uma das minhas primeiras experiências com a docência no ensino superior”. Isso aconteceu em 2014”, rememora.

Avaliando a própria trajetória, Deivid afirma que evoluiu muito como docente na Asces, onde o convívio com professores e alunos lhe proporcionou “um crescimento gigantesco”, não só pela docência, mas por ter aliado o ensino, a pesquisa e a extensão. No início de 2020, ele assumiu as coordenações dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Química e, no segundo semestre, a coordenação de Engenharia de Produção. “Nós formamos profissionais que conseguem transformar a realidade em que estão inseridos. Eu sou muito feliz aqui na Asces-Unita, vivo meu propósito”, avalia.