A Câmara Privativa de Conciliação e Mediação (CPCM), que faz parte do Escritório de Práticas Jurídicas (EPJ) da Asces-Unita, promoveu uma série de atividades no Centro de Oncologia de Caruaru (CEOC), nesta terça-feira (03), em virtude do período em que é celebrado o Outubro Rosa, mês de reflexão e conscientização sobre o câncer de mama.

A programação, que também comemora os oitos anos da CPCM, contou com uma palestra sobre os direitos do paciente oncológico com a advogada e professora Maria Paula Bandeira, uma oficina de automaquiagem com a makeup artist Tarcila Tôrres, e uma oficina de turbantes e lenços com Chris Mendes, assessora de políticas para as mulheres negras da Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru.

Maria Paula é paciente de câncer de mama metástico e idealizadora do Instablog Lenço do Dia, agente da Rede Mais Vida. Sua palestra teve o objetivo de encorajar os pacientes ali presentes e levar informações sobre direitos que, por muitas vezes, passam despercebidos do grande público, que ainda é carente de informações. “Ainda há uma falta de conhecimento grande, seja a respeito da doença ou dos direitos que possuem. Sou diagnosticada desde 2011 e, a partir daí, visualizei que isso independe de classe social e grau de escolaridade, pois o que é existe é um preconceito muito grande. Então, achei que era importante divulgar minha experiência pessoal para desmistificar a doença e contribuir, também, por meio da minha profissão”, explicou.

Ela considera que é necessário usar o que a lei dispõe ao favor do paciente oncológico para melhorar sua qualidade de vida. “As pessoas não sabem que têm o direito de sacar o FGTS, por exemplo. Ou o Auxílio-Doença, pelo INSS. Infelizmente, muitos dos nossos direitos são equiparados às pessoas com deficiência, por isso, minha luta é para que o câncer seja encarado como uma doença crônica e não terminal”, frisou.

Para Andreia Melo, Assistente Social do CEOC, esse tipo de parceria com a Asces-Unita é fundamental para os pacientes. “A Asces-Unita já é nossa parceira, enviando alunos da Residência Multiprofissional da Atenção ao Câncer e, agora, o suporte do EPJ é o ideal,  porque muitos pacientes precisam recorrer à justiça e o grande entrave é a falta de informação. Portanto, traz uma ajuda importante para que eles possam ter um tratamento exitoso”, destacou.