A pesquisa da professora do curso de Educação Física, Yumie Okuyama, que estuda os benefícios da atividade física sob a enxaqueca, apresentou os primeiros resultados. Das 28 mulheres que foram inscritas, 65% relatam ter dor de cabeça incapacitante, impedindo a realização das atividades habituais por pelo menos parte do dia e 35% relatam ter dor intensa, mas não incapacitante. O estudo faz parte do seu doutorado em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento.

Da primeira chamada que foi feita, 13 mulheres serão monitoradas e as suas dores de cabeça acompanhadas por meio de um diário de enxaqueca (manual ou virtual).Também serão realizadas avaliações físicas e cardiorrespiratórias gratuitas e, por fim, elas participarão de oito semanas de exercícios aeróbicos na academia escola da Asces-Unita,  organizados e planejados conforme a sua capacidade respiratória.

No mês de agosto, será feita uma nova chamada para que outras mulheres sejam avaliadas e também participem da intervenção. Para participar da seleção basta realizar a sua inscrição aqui e aguardar o chamado para participar da pesquisa.

Benefícios da atividade física

Estudos atuais defendem que aqueles classificados como fisicamente ativos podem ter menos episódios de enxaqueca e uma menor intensidade na dor. Dessa forma, os exercícios físicos vêm se mostrando eficazes na modulação da dor, apesar da enxaqueca ter características de dores muito fortes, afastando as pessoas das atividades rotineiras. De acordo com a professora Yumie, “percebe-se na literatura uma carência de estudos longitudinais randomizados e controladas para evidenciar os benefícios dos exercícios aeróbicos sobre a cefaleia e principalmente a dosagem desses exercícios. Portanto, o objetivo desse projeto é avaliar a influência de diferentes intensidades de exercício aeróbico na intensidade e duração da dor de cabeça em mulheres com enxaqueca ou cefaleia do tipo tensional”, explica.