O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil e é de olho principalmente em quem não se cuida que a campanha Novembro Azul está nas ruas. Na Asces-Unita os cursos de Enfermagem, Nutrição e Educação Física promovem atividades voltadas para a conscientização e prevenção do Câncer de Próstata. Afinal, a campanha chama a atenção para a prevenção da segunda doença que mais mata homens no mundo. Na quarta-feira (16/11) o campus II da instituição será o cenário de avaliação nutricional, consulta com enfermeiros e solicitação de exames, além da avaliação da glicemia capilar, pressão arterial e medidas antropométricas, tudo gratuito.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima em 61 mil novos casos só esse ano. Antes uma doença de idosos, hoje esse tumor maligno atinge homens cada vez mais jovens.
Como qualquer câncer, quando detectado no início, a chance de cura é maior. Mas quando ele se espalha, o estrago costuma ser irreversível.

“O diagnóstico precoce permite para a gente, um grande leque de opções de terapia, que pode ser desde simplesmente acompanhar, observar esses doentes sem precisar fazer algum tratamento. Evitando as complicações das terapias mais agressivas, até nos casos de alto risco, a cirurgia e a radioterapia que sao os tratamentos consagrados”, contou o diretor de urologia do hospital Ac Camargo, Gustavo Guimarães.

Muitos homens ainda têm dúvida sobre qual é o exame mais eficiente para detectar a doença, se o de sangue – conhecido como PSA – ou o exame do toque. Quem responde é a estatística. Se o paciente faz apenas um desses exames, a chance de falha no diagnóstico é de 20% no PSA e de 40% no exame de toque. Mas quando os dois são feitos ao mesmo tempo, o índice de falha no diagnóstico cai para 8%.

“Os exames devem ser feitos a partir dos 45 anos de idade, mas quem tem história familiar tende a ter tumores de forma mais precoce e quem tem, portanto, um pai ou um irmão com câncer de próstata, o primeiro exame deve ser feito após os 40 anos de idade”, explicou Miguel Srougi, professor de urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Aos 45 anos de idade, o corretor João Batista escapou por pouco. Quando a doença foi diagnosticada, o câncer já estava avançado e quase se espalhando para outros órgãos e foi graças aos dois exames que ele pode se tratar a tempo.

“O tratamento, normalmente, quanto mais avança a enfermidade, o tratamento se torna mais pesado”, relevou João Batista Rodrigues.

O professor Miguel Srougi ressalta que uma das barreiras para a prevenção ainda é a resistência de muitos homens em fazer os exames.

“O medo de ter que revelar publicamente que ele pode ser fraco, tendo uma doença, um câncer. Esse sentimento prevalece contra o tabu, contra o toque ou o tabu contra fazer exames de prevenção”, concluiu.