Um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que analisou 41 países revelou que o Brasil é o que tem maior percentual de jovens de 20 a 24 que não estão estudando. Segundo os dados do `Education at a Glance 2016`, 75% dos jovens dessa faixa etária não estão na escola ou na universidade.

Entre os que não estão estudando, 43% não terminaram o ensino médio. O relatório aponta ainda que pouco menos da metade dos que não estudam, também não estão trabalhando, os chamados `Nem-nem`.

Quando considerada uma faixa etária mais ampla de 15 a 29, cerca de 20% desses jovens brasileiros não estudam e nem trabalham. O percentual é superior à média da OCDE, na qual 15% dessa população compõem a geração nem-nem. O relatório aponta que as mulheres são a maioria nessa situação.

GASTO PÚBLICO

O `Education at a Glance` é um relatório lançado anualmente pela OCDE e analisa aspectos da educação dos 35 países membros do grupo e seus parceiros. Entre os parâmetros observados está o investimento público em educação. Nessa edição, mais uma vez o Brasil aparece como um dos países com maior percentual de gasto público destinado à educação.

O gasto com educação representa cerca de 17% de todo gasto público brasileiro. O índice é superior à média de gasto dos países da OCDE, que dedicam 11% do total à educação. Mas, apesar do elevado gasto absoluto, quando analisado o valor por aluno, o país fica atrás. Segundo a OCDE, o Brasil investe na educação básica US$ 3.800 anuais por aluno. Nos anos iniciais, a média de investimento dos países da OCDE é de US$ 8.400 por aluno/ano, passando para US$ 9.900 anuais por aluno nos anos finais, e US$9.800 no ensino médio.