Onício Leal concluiu o curso de Biomedicina em 2009 e provou que para se destacar no mercado numa área tradicional como a saúde, basta ter criatividade e um bom timming para alavancar inovações. Sua dissertação de mestrado foi usada para iniciar o projeto Epitrack, que responde por uma plataforma participativa para controle de epidemias. A solução da Epitrack funciona com colaboração dos usuários, que descrevem e publicam seus sintomas na ferramenta. Uma ótima opção para o cenário atual na saúde pública no Brasil, com centenas de casos de microcefalia associados ao vírus zika, transmitido pelo Aedes aegypti. Uma situação que a plataforma do Epitrack, pode, talvez, ajudar a evitar que se repita no futuro. “Plataformas de crowdsourcing podem antecipar em até duas semanas o aparecimento de algum surto ou epidemia”, diz o sócio fundador, o biomédico Onício Leal, de 28 anos.

O primeiro teste de fogo da Epitrack ocorreu durante a Copa do Mundo de 2014. Devido ao enorme fluxo de turistas, eventos de grande escala como Copa e Olimpíadas são ocasiões favoráveis ao surgimento de epidemias – e a empresa se preparou lançando o app Saúde na Copa. Quase 10 mil pessoas baixaram a ferramenta, criada para notificar, em tempo real, sintomas como febre, diarreia, dificuldade respiratória, vermelhidão e dores de cabeça e nas articulações. “Em dois meses, tivemos mais de 47 mil registros.” Os inputs dos usuários alimentavam um mapa que servia para monitorar potenciais focos de doenças.

Conheça a Epitrack, clicando em http://www.epitrack.com.br/