O caminhar a passos largos par ao esgotamento dos recursos naturais vem suscitando debates e ações para que sejam garantidos para as gerações futuras as condições de vida, ao menos as essenciais como acesso à água potável, alimentos e outros gêneros. Essa dinâmica ultrapassa os círculos de estudo e atinge diretamente a sociedade em sua totalidade. O ambiente acadêmico é inserido neste contexto, já que um polo educacional se configura na interação entre personagens e a estrutura, reclamando atitudes que visem contemplem a conservação dos recursos acessíveis a todos.

Por um bom tempo, a questão ambiental ficou restrita às campanhas e palestras sem ter uma abrangência ampla no sentido de dinamizar o trabalho e partir de forma urgente para a ação. O agravamento das condições climáticas e um futuro incerto quanto a sustentação da vida no Planeta com o passar dos anos retirou da retórica medidas que deveriam ser premissas antigas para o bom uso das disposições materiais, sem o constante risco de esgotamento. O Aquecimento Global e alterações climáticas que arrastam uma série de extremos no clima, provocando seca onde jamais se pensava ou temporais ferozes elevou para vermelho o alerta.

O consumo consciente é um dos caminhos que viabilizam  a conservação dos recursos que ainda restam através de ações cotidianas. Agenor Jácome, docente e idealizador do Programa Águas do Agreste aponta que o consumo consciente “é a utilização de determinado recurso de forma suficiente para outros da mesma geração ou das gerações futuras”. Essa preocupação se estende ao cotidiano das pessoas e também na comunidade acadêmica que vem se sensibilizando e gradativamente adotando práticas que garantam a sustentabilidade.

Ainda de acordo com Agenor, atitudes se traduzem numa consciência de consumo: apagar a luz após sair de um local, fechar a torneira no momento de ensaboar as mãos, fechar bem a torneira após o uso evitando vazamento, não deixar equipamentos ligados a exemplo de carregadores de celular, computadores quando não estiver no recinto e atentar para ações de vandalismo e depredação do ambiente, que gera um custo adicional. Numa instituição de ensino, essa corrente precisa ser disseminada e não se restringir ao debates em sala de aula, mas em orientações práticas de como conviver num ambiente preservando-o para outros que no futuro poderão utilizar deste local.

A Faculdade Asces gradativamente vem adotando essas práticas. Algumas já são realidade como o uso de papel reciclado, reuso da água, iluminação comandada por sensores de presença; além da constante sensibilização dos funcionários, professores e acadêmicos para a necessidade de coerência na utilização dos recursos disponibilizados.   

“Ser sustentável é agir sem incomodar ou lesar o próximo. Frente ao crescimento da população mundial e a diminuição dos recursos naturais com qualidade, a sustentabilidade e o consumo consciente passam a ser uma questão de sobrevivência do planeta”, considera o professor Agenor Jácome.