Para quem ainda tiver interesse em aprender sobre o Tribunal do Júri, na quarta-feira, dia 03 de julho, às 19h, será realizado o Júri Simulado sobre o caso que ficou conhecido como o “Júri de Vovô”, no Fórum Universitário Asces (Avenida Portugal).

O Júri escolhido aconteceu no ano de 1953, em Caruaru, logo após a primeira Guerra Mundial, e teve como defensores o acadêmico Darley Ferreira de Lima e o advogado José Carlos Florêncio, hoje falecido. Perante o tribunal do Júri, os advogados apresentaram à tese de defesa do seu constituinte (Vovô) a “violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima”.

O cliente dos advogados da época, José de Sousa Barreto, filho de um funcionário da Prefeitura de Caruaru, mais conhecido como Vovô, assassinara uma mulher chamada de Eunice Mota, muito conhecida na zona do meretrício, onde se destacava como uma jovem bonita. Segundo relatos, o jovem a pediu em casamento, mas ela recusou o pedido e por isso teria sido assassinada por ele. Embora se tratasse de uma prostituta, o fato percorreu os quatro cantos da cidade, pois jornalistas, escritores, poetas e estudantes, que frequentavam a Rua 10 de Novembro, local chamado de “Matança”, ou eram amigos, clientes ou conhecidos da vítima.

O crime chamou a atenção e o tema se transformou em livro. A obra “Amor, Sexualidade e Crime”, escrita pelo renomado jurista Darley Ferreira e publicada pela Editora JusPODIVM está sendo a base para o trabalho do Júri Simulado que será apresentado na quarta-feira (03/07). O próprio autor da obra confirmou participação na plateia.

O Júri Simulado será apresentado por professores, advogados e estudantes do Projeto de Adoção Jurídica de Cidadãos Presos. A ‘encenação’ reproduzirá desde figurinos até linguagem verbal comum à época do crime, para sermos fieis ao retrato histórico.

Para participar é só se inscrever no site www.asces.edu.br/feriasnocampus. O investimento é de R$ 5,00 (cinco reais).

Outras informações

Projeto de Adoção Jurídica de Cidadãos Presos – Os estudantes do curso de Direito da Faculdade Asces vêm se propondo a “adotar um presidiário” a fim de estudar o seu caso, interagir com o mesmo, compreender a problemática nele existente e promover a justiça, ou seja, levá-lo, ao menos, a julgamento. Essa tem sido a essência do Projeto de Adoção Jurídica de Cidadãos Presos, criado há 13 anos na Instituição, que até então vinha atuando exclusivamente com reeducandos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em caruaru, e que se ampliou às Cadeias Públicas de 13 municípios do Agreste Pernambucano.

Além de assistência jurídica, o projeto promove atividades lúdicas e informativas a exemplo dos júris simulados com temas diversos, tais como: o julgamento de Maquiavel, o Tribunal de Nuremberg, o julgamento do Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite, e os julgamentos de Lampião e Maria Bonita. Das atividades informativas, são promovidas as palestras regulares na PJPS e a convite de várias escolas e colégios de Caruaru.