Os números registrados no Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas (Sintox) reforçam a necessidade de alerta. No Nordeste, dados de 2006 indicam que foram mais de 12 mil notificações, sendo aproximadamente 19% dos casos de intoxicação relacionados a medicamentos, ou seja, mais de duas 2,5 mil atendimentos por ano. Estatísticas recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que o número de intoxicações por medicamento aumentou 30% e alcançou os 32.884 casos em todo o Brasil.

O velho hábito de recorrer a caixa de remédios quando tem um resfriado ou dores de cabeça, buscando com isso um alívio pode pode trazer vários problemas. Especialistas acreditam que a falta de informação é um fator que ajuda a explicar os números. As pessoas em vez de procurar médicos e farmacêuticos tirar dúvidas preferem se arriscar se automedicando.

Dicas para que os pacientes evitem a intoxicação por medicamentos
• Manter os medicamentos em locais seguros e trancados, fora do alcance das crianças. Geladeiras e banheiros não são locais adequados para o armazenamento;
• Atenção com os medicamentos de embalagens parecidas, erros de uso podem causar a intoxicação. Armazenar os remédios em suas embalagens originais;
• Ingerir apenas medicamentos, que estejam no prazo de validade. Medicamentos fora do prazo não terão efeito ou poderão causar algum mal, até mesmo uma intoxicação. Também evitar uso de remédios com características alteradas, como cor e comprimidos lascados;
• Tomar medicamentos apenas quando necessário; seguir as doses e horários recomendados;
• Não solicitar indicação de balconistas de farmácias quanto ao uso de medicamentos, em caso de dúvidas, procurar o farmacêutico, responsável técnico pelas farmácias e drogarias;
• Relatar ao médico alergias e efeitos colaterais provocados pelo uso de medicamentos;
• Nunca fazer uso simultâneo de álcool e remédios;
• Não aceitar substituições de medicamentos feitas por balconistas;
• Não estimular crianças a ingerir remédios através de frases como “é gostoso, tem sabor de morango”.
• E, principalmente, evitar a automedicação.