Neste mês de maio, a cidade de Caruaru comemora 150 anos de emancipação política e elevação à categoria de município, se destacando como pólo de desenvolvimento para o Agreste e a segunda força político-financeira de Pernambuco. Com um pouco mais de 280 mil habitantes, de acordo com o censo 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a Princesinha do Agreste é referência para a Cultura Brasileira e berço de grandes nomes que fizeram parte da história nacional. 

Em homenagem ao sesquicentenário, Caruaru passa a ser a capital do Estado, durante a semana de comemoração de sua emancipação política. Pela primeira vez na história, uma cidade de interior recebe tal mérito. "Nós vamos trabalhar aqui, não apenas no dia 18, mas durante alguns dias da semana em que se comemora o aniversário. Desta forma, vamos cumprir um compromisso com os 150 anos de Caruaru e um compromisso do nosso governo de olhar o estado como um todo", disse o governador Eduardo Campos em entrevista durante a cerimônia de entrega do título de Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro, conquistado pela Feira de Caruaru. 

A cidade se destaca no cenário regional como o segundo maior pólo médico do Estado, atendendo a 32 municípios com uma estrutura de nove hospitais com capacidade para mais de mil internamentos por mês e cerca de 200 estabelecimentos, entre clínicas e consultórios particulares.

Na Capital do Agreste, o setor industrial também é destaque. São aproximadamente 50 indústrias nos distritos 1 e 2. E mais 20 empreendimentos que estão em fase de construção e instalação. Para alguns economistas e empresários da região, “Caruaru é um lugar que chama investimento”. 

A Terra de Vitalino é considerada um importante centro cultural do Estado. Entre seus filhos ilustres estão: Austregésilo de Athayde; os irmãos Condé; o “Imperador da Crítica Literária Brasileira”, Álvaro Lins; Luís Vieira; Augusto Tabosa; o escritor Limeira Tejo e o próprio Vitalino Pereira dos Santos. Todos estes ilustres participaram da divulgação e o enriquecimento cultural da cidade.

Tudo começou em 1681, quando as terras do então “Agreste pernambucano” foram doadas como sesmarias à família Rodrigues, que fundou a Fazenda do Caruru, nome da vegetação existente em abundância nas terras. O esboço da cidade se forma a partir de 1776, quando José Rodrigues de Jesus Neto, da terceira geração dos Rodrigues, constrói a capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição.

Devido ao seu posicionamento privilegiado em relação à geografia do local, o vilarejo tornou-se passagem obrigatória do transporte de gado do sertão para o litoral, e ponto central de diversas atividades comerciais, dando início assim a uma feira que viria a se tornar posteriormente, Patrimônio Imaterial Cultural Brasileiro.

Em 18 de maio de 1857, a vila torna-se a primeira cidade do agreste de Pernambuco. Daí o reconhecimento da Princesinha do Agreste. Sem falar que Caruaru ainda é a Capital do Forró.

A Associação Caruaruense de Ensino Superior, Asces, há 48 anos faz parte dessa história, como a primeira Faculdade do Interior do Norte e Nordeste. Por estes e tantos outros motivos desejamos muitos anos de desenvolvimento. Parabéns Caruaru.